Formação de professores na e para a intercompreensão através de práticas colaborativas on-line, 2011-2012, 1S

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA E PARA A INTERCOMPREENSÃO ATRAVÉS DE PRÁTICAS COLABORATIVAS ON-LINE

REGISTO DE ACREDITAÇÃO: CCPFC/ACC-61594/09
MODALIDADE: Curso de Formação
ECTS / HORAS: 45 horas
SEMESTRE / ANO LECTIVO: 1º Semestre / 2011-2012
COORDENAÇÃO E TUTORIA: Maria Helena Araújo e Sá
DATA DE INÍCIO: Outubro/2011
CANDIDATURAS: 22 de setembro a 9 de outubro de 2011
CREDITAÇÃO: 1.8 créditos
CUSTO: gratuito

Este curso é realizado em colaboração com a Universidade de Aveiro.

SINOPSE:

Este curso visa desenvolver competências profissionais de educação linguística no domínio da Intercompreensão, propondo aos professores a participação em cenários de formação colaborativos, centrados em tarefas multilingues (6 línguas românicas podem ser utilizadas pelos formandos: português, espanhol, francês, italiano, romeno e catalão), que os levem a criar materiais e avaliar práticas em Intercompreensão. Ao articular-se com a plataforma europeia Galapro* (para mais informações, ver www.galapro.eu), na qual terá lugar, a formação possibilitará aos professores e outros educadores trocar vivências, experiências e ideias com colegas de línguas e países diferentes, num ambiente plurilingue e intercultural que, acredita-se, pode potenciar o desenvolvimento das suas competências plurilingues e profissionais e despertar para as línguas e a sua aprendizagem e ensino.

Partindo do pressuposto de que a diversificação de tarefas e atividades, de abordagens metodológicas e de materiais didáticos, a flexibilidade ao nível da autonomia e a co construção de saberes, competências e avaliação são terreno propício à formação, este curso pretende igualmente criar condições para a utilização com qualidade de materiais de desenvolvimento da Intercompreensão atualmente existentes e permitir um trabalho sobre a compreensão e interação orais e escritas, nesta perspectiva. Trata-se, assim, de uma ação de formação orientada, por um lado, para a atualização e aperfeiçoamento didáctico dos formandos e, por outro lado, para a mudança das práticas de ensino/aprendizagem, uma vez que visa a produção, experimentação e avaliação de materiais pedagógico-didáticos conceptualizados no âmbito de uma Didática da Intercompreensão. Note-se, ainda, que este curso está enquadrado nas actuais orientações das políticas linguísticas nacionais e europeias.

 

* Esta plataforma (disponível a partir de www.galapro.eu/sessions) é uma plataforma de formação on-line, concebida em torno de dois eixos: formação em didática da intercompreensão através de práticas de intercompreensão e constituição de comunidades virtuais plurilingues de ensino-aprendizagem colaborativo da intercompreensão; as línguas de comunicação e estudo são as línguas românicas: português, catalão, espanhol, francês, italiano e romeno.


DESTINATÁRIOS: Professores dos Grupos 110, 200, 210, 220, 300, 320, 330, 340 e 350.


OBJETIVOS:

- Consolidar o sentimento de pertença a uma comunidade alargada, internacional, de reflexão e prática sobre conceito(s) e práticas de intercompreensão, estimulando a partilha de experiências e vivências;

- Desenvolver competências teóricas, conceptuais, metodológicas e práticas, em ação, relacionadas com a intercompreensão, nomeadamente competências plurilingues e interculturais;

- Desenvolver competências profissionais de educação linguística no âmbito de uma didática da intercompreensão;

- Desenvolver competências transversais de domínio de uso das Tecnologias de Informação e de Comunicação, com fins comunicativos e profissionais;

- Desenvolver competências de trabalho profissional colaborativo/em equipa;

- Consolidar o desenvolvimento de práticas inovadoras na ação didática;

- Proporcionar momentos de reflexão/análise de materiais existentes e das práticas individuais, em comparação/confronto com a de outros professores de línguas, a nível local, nacional e europeu;

- Conceber, planificar, implementar e avaliar projetos de acção no âmbito da intercompreensão;

- Produzir, experimentar e avaliar materiais de ensino-aprendizagem direccionados para o desenvolvimento da intercompreensão;

- Divulgar e consolidar uma cultura escolar da intercompreensão, da partilha e da colaboração.



CONTEÚDOS DA AÇÃO:

Ao longo deste curso de formação, serão tratados, a propósito das atividades previstas, os seguintes conteúdos:

- Conhecimento linguístico e profissional;

- Culturas de colaboração e comunidades de prática;

- Currículo e diversidade linguística (finalidades educativas, conteúdos e práticas);

- Didática da intercompreensão;

- Práticas conducentes ao desenvolvimento de competências linguístico-comunicativas e cognitivo-estratégicas: competência de comunicação intercultural, competência plurilingue e competência de intercompreensão.

 

Esta ação de formação organiza-se em cinco fases que passamos a explicitar:

Fase preliminar - Preparação para a participação numa sessão na plataforma europeia Galapro.

Passos desta fase:

- Reflexão sobre a intercompreensão, enquanto discurso e prática;

- Apresentação da plataforma Galapro como metodologia de formação assente numa perspectiva co.-accional e reflexiva orientada para a intercompreensão;

- Preparação para a participação numa sessão desta plataforma, descobrindo os seus princípios, objetivos e instrumentos;

- Identificação de necessidades e problemáticas de formação.

 

Fase 1 - As nossas questões e dilemas: constituição de grupos de trabalho

Passos desta fase:

- Publicação na plataforma do perfil individual de cada formando e contacto com os perfis dos restantes participantes na sessão, oriundos de equipas de diferentes países;

- Discussão inter-grupos (on-line, através de fóruns de discussão e chats de conversação) sobre as necessidades de formação, dilemas, desafios, questões e problemáticas identificadas na fase precedente;

- Identificação das temáticas a desenvolver por cada grupo durante a ação de formação e redação de uma breve descrição do projeto a desenvolver;

- Constituição de grupos de trabalho plurilingues em torno das temáticas discutidas e identificadas.

 

Fase 2 – Informar-se para se formar: definição de um plano de trabalho

Passos desta fase:

- Pesquisa de informações para definição precisa da problemática a tratar e do produto final a realizar;

- Elaboração de um plano de trabalho/projeto de ação incluindo aspetos metodológicos, organizacionais e de avaliação;

- Publicação do plano de trabalho na plataforma.

 

Fase 3Em formação: realização do plano de trabalho

Passos desta fase:

- Concretização do plano de trabalho com vista à realização do produto final.

 

Fase 4Avaliação e balanço: avaliação e balanço do funcionamento e dos produtos dos grupos de trabalho

Passos desta fase:

- Validação e publicação dos produtos dos diferentes grupos de trabalho;

- Auto, hetero e co-avaliação das dinâmicas de funcionamento e dos produtos de cada grupo de trabalho;

- Balanço das atividades realizadas.

Para mais informações, ver o Manual da Sessão de formação, disponível em http://www.galapro.eu/wp-content/uploads/2010/06/manual_galapro.pdf (N.B: este manual contém ainda o Guia do Formador, destinado a este último)



METODOLOGIA DE TRABALHO:

A metodologia de trabalho deste curso será teórico-prática, uma vez que serão utilizadas metodologias ativas, recorrendo às representações e às expectativas profissionais dos formandos, como base de sustentação da discussão dos conceitos teóricos enquadradores e da planificação e avaliação de atividades de ensino-aprendizagem nelas fundamentadas.

Para o efeito, haverá momentos de reflexão individual sobre os diferentes conceitos enquadradores, de observação (auto e hétero) das práticas dos formandos e de análise dos seus contextos escolares, mas também existirão momentos de discussão em plenários presenciais e/ou à distância (em função das características dos grupos), através da plataforma europeia Galapro (com professores provenientes de outros países, locutores de outras línguas e portadores de outras culturas), assim como outros de desenvolvimento de trabalhos em pequenos grupos (para concretizar os trabalhos produzidos no âmbito de uma formação anterior, ver http://www.ua.pt/cidtff/lale/PageText.aspx?id=13949).

Estes trabalhos, cujo tema aglutinador será sempre a intercompreensão, serão definidos e desenvolvidos pelos formandos, em equipas plurilingues, de acordo com os seus interesses e necessidades de formação. Assim, alguns poderão estar mais relacionados com o aprofundamento teórico sobre a intercompreensão e conceitos didáticos relacionados, outros poderão estar mais relacionados com a organização das práticas de sala de aula, preparação de materiais pedagógico-didáticos, conceção de instrumentos de avaliação, entre outros.

É de salientar que toda a metodologia de formação se reveste de um carácter experimental e reflexivo, levando os formandos a formarem-se para a intercompreensão em interação com falantes de outras línguas e culturas, desenvolvendo assim as suas próprias competências de intercompreensão em ação.


AVALIAÇÃO:

A avaliação da ação de formação será feita quantitativamente e de acordo com o previsto no Regulamento e na Carta Circular 3/2007.

Assim, à avaliação dos formandos será atribuída uma classificação quantitativa na escala de 1 a 10. O referencial da escala de avaliação é o previsto no nº2 do artigo 46 do Estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo Decreto-Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro:

Excelente – de 9 a 10 valores;

Muito Bom – de 8 a 8,9 valores;

Bom – de 6,5 a 7,9 valores;

Regular – de 5 a 6,4 valores;

Insuficiente – de 1 a 4,9 valores.

 

Os formandos serão avaliados com base:

- nas tarefas realizadas ao longo da sessão de formação e na sua participação na plataforma;

- no plano de trabalho/projeto de ação idealizado e implementado;

- na construção de um Dossier de Formação individual, constituído por duas partes: uma primeira de caracterização pessoal, profissional, linguístico-comunicativa e intercultural e uma segunda denominada de Caderno de Reflexão, com as reflexões individuais a propósito das suas experiências ao longo da ação de formação.

 

NÚMERO DE FORMANDOS POR TURMA:

O número máximo de formandos será de 40 (quarenta).

 

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO:

1.º - Docentes da rede EPE a lecionar em países cuja língua oficial é o espanhol ou o francês.

2.º - Ordem de inscrição.

 

PROCESSO DE CANDIDATURA:

Os candidatos à frequência desta oficina de formação a distância deverão preencher o formulário eletrónico disponível na página do Centro Virtual Camões, até ao dia 9 de outubro de 2011, impreterivelmente. Os dados fornecidos estão sujeitos a verificação por parte do Instituto Camões.